terça-feira, 9 de março de 2010

Foi tudo que sobrou...


" Ah! Se inspira-me tua beleza!
Teus traços morenos, tuas curvas do corpo
e como inspira-me tua grandeza.
Seu rebolado de criança e ao mesmo tempo de mulher(...)"
Isso foi tudo que me sobrou.
Um trecho que rabisquei no auge da tolice daquele amor abobalhado
sobreposto em uma foto dedicada a mim.
É isso que sobrou de todo um poema a ela dedicado
na época em que acreditei em 'amor sem fim'.
É tudo que sobrou. É o resto tatuado na minha cara.
E só. Somente em meu rosto.
No outro já não se vê nem cicatriz
por trás da máscara de mentiras que ela diz.
Era tão somente amor, que hoje não ama, não sente, nem nunca ficou.
Era tão forte e 'inenarravel'
Que se fez abalável, irreal e por fim
dispensável.
Amor de bobeira, creio eu, de outubro a janeiro.
Amor de mentirinha, continho de fadas terminado em fevereiro.
Foi tudo que sobrou...
Uma foto com o poema no rosto daquela que amei.
E me enganou.
Aquela que me disse 'eu te amo'
mas não me amou.

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