Deixe-me, amor, insistir ao tempo
Para que ele não passe.
Se ele passa, vai rápido demais...
Se ele parasse, nós não nos separaríamos
Não olharíamos o relógio caso a hora mudasse
Dizer até mais, nunca mais!
Permita-me, meu bem, lacrar as cortinas
Para que o escuro prevaleça.
E ser noite toda hora para deitarmos abraçadas...
Agarradas, amarradas.
E ficarmos assim ate que o dia amanheça.
E por fim, minha tão linda
Permita-me que a ame além do que sou...
Que a deseje além do que posso,
Além do que devo.
Que doe a você cada partícula de mim
Além do que há no mundo em que estou.
Por: Ana Lagedo
" Como é estranha a natureza, morta dos que não têm dor. Como é estéril a certeza de quem vive sem amor, sem amor!" - Completamente blue - Cazuza
domingo, 14 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Máscaras
(...)COLOMBINA , sorrindo e tomando ambos pela mão:
Não! Não me compreendeis... Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor de todos dois... Hesitante, entre vós, o coração balanço:
A Arlequim:
O teu beijo é tão quente...
A Pierrot:
O teu sonho é tão manso...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu... outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente,
porque a história do amor pode escrever-se assim:
PIERROT
Um sonho de Pierrot...
ARLEQUIM
E um beijo de Arlequim!
Por Menotti Del Picchia.
Eu amo esse conto.
Não! Não me compreendeis... Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor de todos dois... Hesitante, entre vós, o coração balanço:
A Arlequim:
O teu beijo é tão quente...
A Pierrot:
O teu sonho é tão manso...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo e a Pierrot a minh’alma! Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho, pois um dá-me o prazer, o outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra: um me fala do céu... outro fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar, e em verdade toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente, se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente,
porque a história do amor pode escrever-se assim:
PIERROT
Um sonho de Pierrot...
ARLEQUIM
E um beijo de Arlequim!
Por Menotti Del Picchia.
Eu amo esse conto.
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