segunda-feira, 26 de julho de 2010

Meu amor,

Ah, meu amor, quero saber quando você vai voltar.
Esses dias longos sem você aqui tem sido um inferno.
Sabe, a saudade é tanta, que aquelas novelas melodramáticas
exageradamente românticas estão começando a me fazer sentido.
Que ridículo!
Mas é.
Aqueles livros de romance infanto-juvenil, tem conseguido
me emocionar.
E aquelas músicas sobre saudade tem me feito chorar.
Então me conta amor, pra que dia marcou seu voo de volta?
Diga o horário, o portão de desembarque, qual o aeroporto...
Pois estarei lá na porta.
Para matar a saudade que de hora em hora me enforca.
Um grande abraço, pois o beijo,
quero entregar pessoalmente em seus lábios.
Até lá, imagine que esse 'eu te amo' tornou-se o tom do som da minha voz
sussurrado em seu ouvido.


Ass: Seu amor.


Por Psy O.L
Ps: O poste dá luz por cima e a mulher por baixo. E a inspiração? Enfia no c*, né?!

sábado, 24 de julho de 2010

Hoje não

Por hoje, estou dando um tempo de você.
Mas prometo que amanhã eu volto.
Como sempre.

Ps: Deligue o celular.

Por Psy O.L

domingo, 18 de julho de 2010

(in) Feliz

De fato, nossas crenças mudam com o tempo. Isso é, quando temos alguma. Exemplo: quando criança, eu acreditava em conto de fadas, mas nunca acreditei em papai noel. Vai ver que é porque essa história de um velho com saco de presente nas costas rodando o mundo em uma noite não me parecia algo interessante. Mas contos de fadas sim. Todo aquele amor, todas aquelas lindas batalhas com um final feliz.
Mas cresci. E desacreditei em príncipe e cavalos brancos. No final eu ainda acredito, mas não acreditava no feliz. Descobri a existência dele por culpa de um amor que me possuiu a quatro anos atrás. Veio e se foi tão rapidamente que não consegui nem ao menos fechar a mão pra não a deixar voar. Foi daí pra frente que descobri a felicidade porque eu a sentia, mas não sabia. E agora que o abanar das longas asas daquele anjo farsante soprou pra longe de mim a felicidade, eu passei acreditar em 'ser feliz'.
E agora vivo dentro de minha antiga teoria que diz 'Ninguém é feliz. Felicidade não existe, já que é tão breve. Já que lutamos todos os dias para sermos menos miseravelmente infelizes, só existe a infelicidade.'. Nela já nem acredito mais.
Afinal, para existir um prefixo 'in' é necessário existir o fixo.
Vivo dentro dessa teoria, lutando sempre pra ser um ser menos 'inho'. Ainda que não acreditando mais. E desiludida feito criança que descobre que as patinhas de coelhos no quintal, são feitas com batata e tinta.
De fato, ainda a amo. Como sempre fiz e farei.
Mas cansei, e quero um basta de mim.
Final, eu já tive.
Assassinato a mim.
Esse é o meu final que não acaba.
Final(in)feliz...

Por Psy O.L

Ligação

As vezes é como se não estivesse na minha mente
Mas as vezes é como se não saísse dela,
nem por um instante se quer.
Entendi isso quando vi aquele número tocando.
Sabe, era quase de manhã, e ela fez meu dia
escurecer de novo.
9*** tocando e eu olhando pro céu observando
os pedaços dele cair sobre minha cabeça.
***1 e o desespero me tomou por completa.
Então, como de costume, chorei quando já em baixo
do teto que me é abrigo
E todos pensaram: Lá vem a bêbada
com seus delírios sentimentais!
Mas não era a bêbada.
Não a que tinha bebido,
farreado, dançado e curtido toda à noite.
Era em prantos, a parte sóbria, sentimental
gritando, se esticando e rasgando
meu eu, para sair de mim.
Era a parte que doía,
que queria atender, mas não atendeu.
Era a parte que quis dizer 'Oi',
mas adormeceu.


Por Psy O.L

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Não me canso

É... Eu estou vendo a mobilidade zero do meu corpo.
Estou vendo a estabilidade do meu eu, no instável espaço do tempo.
Assim como vejo as imagens embaçarem, ainda que com as fundas lentes do óculos, que inutilmente se apoia em meu rosto. Óculos. Mais um instrumento inepto a fazer esse embace parar. Nem se coçar ou esfregar, meus olhos melhoram. As lágrimas renascem sempre depois de eu as secar. Insistentes, correm pelo meu rosto enquanto observo aquele corpo se afastar. Aquela silhueta do corpo que eu via a imagem, depois o esboço no horizonte. Agora só enxergo uma breve penumbra se mover ao longe e logo não verei mais nada. Ninguém.
E ainda assim estarei parada num espaço de tempo inabitável. Passado. Relembrando tudo que fez sorrir, ainda que por pouco, meu eterno triste olhar. Viverei eternamente de lembranças e falsas esperanças, eu sei. Mas o que farei? Apenas consigo relembrar e esperar nos pensamentos que deveriam devagar no planeamento de um futuro, mas que vaga entre o sórdido passado triste, porem extasiantemente feliz, que tive ao lado daquela famosa atriz.
E não me livro. Nem me protejo desse martire. Na verdade, ate me entretenho quando tenho um tempo vago. E escrevo. Uma prosa, uma cronica, um poema, um livro. E me entristeço. Choro, coro o rosto molhado e me apavoro. Enfim, me canso. Silencio-me e durmo ao zumbir do ventilador. Descanso. E no outro dia me vejo em um passado mais distante. Porque ainda a amo. E disso realmente, não me canso.


Por Psy O.L

quarta-feira, 7 de julho de 2010

20 anos sem Agenor de Miranda Araújo Neto



"(...) O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou
Conheceu os jardins do Éden e nos contou
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento
Mas quem tem coragem de ouvir
Amanheceu o pensamento
Que vai mudar o mundo com seus moinhos de vento.
"

- Frejat/Barão vermelho - O poeta ainda esta vivo