quarta-feira, 10 de março de 2010

Toda mentira tem seu fim.

E ela a mim:
- Sinto sua falta. Falta do teu aconchego, do teu braço envolto de mim. Do beijo no queijo, do amor nas sombras e o fúnebre sorriso que sumiu quando partiu. Mas não seremos verdade para o mundo. Seremos verdade uma a outra e só. Porque nos amamos, certo? É tudo que importa!
- Não concordo. Se não somos verdade para o mundo, não somos para nós.Pois o nosso amor é nosso mundo. E se não existe, para o mundo, nosso amor não existe.
- Existe, meu amor! E esta aqui! Não vê?
- Não. Não o vejo. E quer saber? Eu não quero mais saber de falsas verdades. Desses pequenos rastros miseráveis e hipócritas de uma existência falha sua. Não quero ser uma mentira. Ou não existir. Sinceramente, não suporto mais. Lamento admitir que jaz aqui nessas ultimas palavras o amor que empenhei em pró de uma criança mimada que só queria atenção. Pois bem, menininha medíocre, você conseguiu atenção e mais. Conseguiu com essa brincadeira carinhosa destruir meus planos e caminhos planejados. E digo mais! Não amei-te, realmente. Amei a imagem de um romance que criei em minha imaginação baseado na antiga ficção platônica pelo que sua imagem representava. Então parta e vá-se pra nunca mais voltar, pois não te quero interferindo em meus passos novamente. Vá e arranje mais meio milhão de bobos, pois esse já se desiludiu de seus caprichos e mentiras.
Como um último gesto, tinha em minhas mãos um pedaço de lata retorcido em dourado. Lancei-o ao chão, dando as costas:
- Aproveita leve essa lata e o maço.

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