Sendo eu esse ser
noturno, são nas quase manhãs que minha mente bombardeia e se esperneia clamando
por você. Quando o sol lança seus primeiros raios luminosos ao horizonte, minha
vista embaça, minha mente gira e minha face cora enquanto meus músculos se
trepidam bruscamente em plena saudade de te caber. Curvas... Partes sinuosas, partes sem curvas que sinto
falta de me envolver e de rolar. E de “passarelar” as pontas dos dedos em seu
todo até que Morfeu dê-me a dádiva de sonhar. Sinto falta do quanto me aquece
teu corpo que se molda ao meu quando num abraço, que sem os braços, me envolve
no pleno prazer de arrancar de meus lábios os puros fiascos de um sorrir
Essa saudade me atormenta, meu amor. Tira-me a calma e desalenta os olhos que com
suspiros finais, falecem sem encontrar no teu colo, a proteção do teu calor. E
a mente durante os sonhos interruptos, é só tormenta que assiste. É só dor que
reflete, é só medo que reside.
Não suporto mais a
sua ausência e esgoelo-me em praça se for preciso. Grito a mil públicos que
odeiam nosso nós, que somos o infinito. E aos que nos querem separadas, dou meu
desprezo a esmo e digo que estar sem amar –lhe, não me permito. Aos que de
nossa alegria e paixão compartilham, dou-lhes minha reverência. Aplaudo aos que
compartilham dessa minha cadência. E se por fim o mundo vier a acabar amanhã, importar-me-á
apenas jazer eternamente sobre você, amada cama da minha residência.
Por Ana O.L.