quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dia 17

Abri a agenda e olhei o dia 17 grifado,
rabiscado 'festa'.
Porém a ausente felicidade de hoje,
essa afirmação, contesta.
Hoje não tem festa. Não tem bolo, nem nada
hoje é o dia do mês que imploro
que hora passe apressada.
Hoje era pra ter beijo, abraço
Mas tem o silencioso esvaziar de
mais um maço.
É sempre assim. Dia 15 esperando
o telefone tocar.
Ele não toca. Dia 16 chega
e nada da espera cessar
Enfim dia 17 bate na porta
e eu desejo-me morta
antes mesmo de ele acordar.
No espaço de dez meses
Dia 17 foi de festa à saudade
Foi se desfazendo o amor
e virando insanidade.
Foi virando um poço artesanal de dor
que vem destruindo a minha mísera felicidade.
Dia 17, ou como o chama, nunca mais.
Porque as chances de nosso nós,
sei que aqui jaz.


Por Psy O.L

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