segunda-feira, 21 de junho de 2010

Algolagnia sentimental

É como meu corpo e alma gostam de viver.
Revezam-se entre, das lembranças sórdidas a excitação
e da certeza de não mais lhe ter, a depressão.
Sem descanso, pausa ou meio termo.
Vivo somente dessa ciclotimia
entre do sofrer a agonia e pelo meu amor, a zelotipia.
É desses vagos veraneios apaixonados
que tiro como alimento
a moléstia impiedosa insistente em te amar.
É pela cicatriz mal-curada desse amor de viciado
que lanço-me na sensação sádica, infecciosa
de não querer deixar esse doente amor passar.
Uso também, a saudade de você como açoite
pra alimentar a minha algolagnia sentimental
que chega sorrateiramente a noite
e vem se esgueirando numa gota conatural
que corre da tangente dos meus olhos, que a ela dava coite
quando essa pequena se eriçava fugindo de algum mal.
Então entrego-me ao martirizar pessoal de meus atos
e a denegrição de minha imagem fosca e desbotada.
Liberto meu deleite no colchão, entre gritos abafados
enquanto meu corpo lateja no estranho prazer
desesperado, atordoado.
Por fim, alguns fracos soluços quase sem som
precedidos de um ofegar de cansaço
Dão a minha mente o prazer em tom que diz ser bom
amar um alguém que não pertence ao meu abraço.


Por Psy O.L

2 comentários:

  1. Muito bem bolado esse título.
    Os textos estão ótimos
    Parabéns

    http://eueoespantalho.blogspot.com/ esse é o meu caso queira dar uma olhada
    Abraço

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  2. alguns babacas não entendem nada mesmo.

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