sexta-feira, 23 de abril de 2010

O meu tal mal

Está aqui dentro. Presente no meu sangue, esboçado em minha pele, ausente em meu rosto. Mas esta aqui e já não há como fugir. Atestado de óbito assinado, creio eu. Ora! Como pude ser fraco, tão cego? Inocente até que me provem o contrário. Porém provem rápido. O mais agil possível. Não tenho tanto tempo assim. Não tenho mais tempo pra mim. O meu sangue, deste tal mal, está repleto. Agora, a respeito deste tal, estou inepto. Já não há o que fazer a não ser observar o meu corpo enfraquecer, o meu rosto esbranquiçar. Minha carne vai emagrecer e pela fraqueza, a morte vai me vencer.
Vou ver o meu organismo desistir, fraquejar, sucumbir. E meus queridos amores, irão encher-me de remédios, esperançosos em ver-me melhorar. Médicos, tentarão de tudo, para manter-me aqui. Não adianta, meu queridos. Não adianta tentar. Meu corpo vai desistir. É dor demais pra se aguentar. Por fim, irei partir ao meu coração falhar.
Descuidei-me da vida e vos imploro perdão. Lhes súplico que não me odeiem e que fiquem ao meu lado. Fui estúpido, eu sei. Mas um estúpido sábio, que não soube dizer não. Um abraço, um beijo e em consequência, tesão. Ah! Se eu resistisse a ela! Seria eu puro até então. Mas não. Dei-me por inteiro de carne e alma naquela mão. Ah! Se eu fosse um pouco mais cuidadoso... Não daria-te assim meu coração. Não sofreria a ponto de deixar-me de lado, nem daria-me por inteiro a tal paixão. Dei-me e com tudo, abandonei-me na dor. Sem doenças, sem aids, nem nada. Eu vou mesmo é morrer de amor.

Por Psy O.L
Também em: Zelotipia Doentia

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