domingo, 18 de julho de 2010

(in) Feliz

De fato, nossas crenças mudam com o tempo. Isso é, quando temos alguma. Exemplo: quando criança, eu acreditava em conto de fadas, mas nunca acreditei em papai noel. Vai ver que é porque essa história de um velho com saco de presente nas costas rodando o mundo em uma noite não me parecia algo interessante. Mas contos de fadas sim. Todo aquele amor, todas aquelas lindas batalhas com um final feliz.
Mas cresci. E desacreditei em príncipe e cavalos brancos. No final eu ainda acredito, mas não acreditava no feliz. Descobri a existência dele por culpa de um amor que me possuiu a quatro anos atrás. Veio e se foi tão rapidamente que não consegui nem ao menos fechar a mão pra não a deixar voar. Foi daí pra frente que descobri a felicidade porque eu a sentia, mas não sabia. E agora que o abanar das longas asas daquele anjo farsante soprou pra longe de mim a felicidade, eu passei acreditar em 'ser feliz'.
E agora vivo dentro de minha antiga teoria que diz 'Ninguém é feliz. Felicidade não existe, já que é tão breve. Já que lutamos todos os dias para sermos menos miseravelmente infelizes, só existe a infelicidade.'. Nela já nem acredito mais.
Afinal, para existir um prefixo 'in' é necessário existir o fixo.
Vivo dentro dessa teoria, lutando sempre pra ser um ser menos 'inho'. Ainda que não acreditando mais. E desiludida feito criança que descobre que as patinhas de coelhos no quintal, são feitas com batata e tinta.
De fato, ainda a amo. Como sempre fiz e farei.
Mas cansei, e quero um basta de mim.
Final, eu já tive.
Assassinato a mim.
Esse é o meu final que não acaba.
Final(in)feliz...

Por Psy O.L

Nenhum comentário:

Postar um comentário