quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Carta

Que mantenha-se explícito nessas palavras quaisquer, que eu, no auge dessas tolices apaixonadas
ainda insisto em nomear-lhe minha, sem que seja minha mulher.
Veja você que burrice! Estou ainda estagnada num auge que a muito, já passou.
E nessa plena teimosia iludida, vivo ainda soprando faíscas em cinzas
na esperança de manter aceso o que a muito se apagou.
Quer saber se odeio ou se amo esse contexto?
Não sei bem. Não quero saber. desconheço. Tudo o que sei é que a amo
a desejo sem razão e sem pretexto.
Ah! O que posso eu fazer? Sou uma eterna romântica abobalhada, ainda vidrada e encantada por aquele ser.
Ainda provando a pele da morena através de vestígios de sabor que ainda repousam em meus lábios daqueles tempos em que eram válidos apenas os dias ao seu lado.
Saber bem o que se passa em mim, não sei.
O que sei, é que fui, sou e serei apaixonada, alucinada pelo vício desse amor que por tanto carreguei.
E ainda dentro de mim, para o futuro, a levarei.
Portanto, se a odeio, a amo ou a suporto, nunca saberei.
Apenas sei que odeio o amor. Mas que amo a trigueira confusa que sempre amarei.

Por Psy O.L

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